Nesse mapa de frutas, a carioca Bruna Beber dedica um poema para cada fruta, como se caminhasse por uma feira ou pelos lugares da memória onde elas habitam. Com humor característico de sua poesia, a autora joga com os sons e lugares comuns, revisita as próprias histórias para compor os textos, todos em prosa, e aprender a lição de cada fruta. Nem tudo o que é barato sai caro, diz ela no poema dedicado à banana. Quem tem coroa e não é rei (nem o abacaxi)? É a rainha. A melancia tem duas caras. A laranja cola o cheiro nos dedos, o caju e o cajá, o caqui, a romã e a maçã.
Sal de fruta faz parte da série de plaquetes do Círculo de Poemas em que os escritores são convidados a escolher o mapa de um lugar — real, inventado, desejado — e escrever a partir dele. O poema de Bruna Beber elege essa cidade das frutas, que ganhou um mapa pelas mãos do artista Daniel Almeida. O mapa acompanha a edição.
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Luna Parque