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Florestan Fernandes

A integração do negro na sociedade de classes

A EDITORA CONTRACORRENTE tem a honra de anunciar a reedição do clássico A INTEGRAÇÃO DO NEGRO NA SOCIEDADE DE CLASSES, segundo título da coleção Florestan Fernandes, coordenada pelo professor Bernardo Ricupero. O prefácio da nova edição é assinado pelos professores Mário A. Medeiros da Silva e Antonio Brasil Jr., o posfácio é uma entrevista com a professora Maria Arminda do Nascimento Arruda e o texto de quarta capa é do professor Silvio Almeida.
Este livro foi originalmente a tese de cátedra de Florestan Fernandes, defendida em 1964, cuja marcante atualidade pode ser exemplificada pela advertência, feita ao final do estudo, a respeito das consequências de não se realizar a efetiva integração do negro: «não teremos uma democracia racial e, tampouco, uma democracia».
Nas palavras do professor Bernardo Ricupero, esta obra "é a culminação de um programa de pesquisa que o autor e seus assistentes levaram à frente na cadeira de Sociologia I da USP".
Em suma, um clássico do pensamento social brasileiro que retorna ao debate público em um momento crucial da luta antirracista em nosso país.
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2021
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2021
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Citati

  • John Lorezje citiraoprije 2 mjeseca
    dados demográficos pertinentes ao começo do século XIX revelam que o elemento negro e mulato, escravo ou livre, constituía aproximadamente 54% da população local.¹⁰
  • John Lorezje citiraoprije 3 mjeseca
    Em suma, a sociedade brasileira largou o negro ao seu próprio destino, deitando sobre seus ombros a responsabilidade de se reeducar e de se transformar para corresponder aos novos padrões e ideais de ser humano, criados pelo advento do trabalho livre, do regime republicano e do capitalismo.
  • John Lorezje citiraoprije 3 mjeseca
    No conjunto, portanto, as próprias condições psicossociais e econômicas, que cercam a emergência e a consolidação da ordem social competitiva na cidade de São Paulo, tornavam-na imprópria e até perigosa para as massas de libertos, que nela se concentravam. Doutro lado, as deformações introduzidas em suas pessoas pela escravidão limitavam sua capacidade de ajustamento à vida urbana, sob regime capitalista, impedindo-os de tirar algum proveito relevante e duradouro, em escala grupal, das oportunidades novas. Como não se manifestou qualquer impulsão coletiva que induzisse os brancos a discernir a necessidade, a legitimidade e a urgência de reparações sociais para proteger o negro (como pessoa e como grupo) nessa fase de transição, viver na cidade pressupunha, para ele, condenar-se a uma existência ambígua e marginal.
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